Somos livres
Patrícia Reis
Acordei de um sono intenso,
E descobri que havia sonhado
Com as flores do jardim
Que ainda não havia conhecido
As primeiras emoções surgiram
Quando, também pela primeira vez
Escutei uma canção
E quando as primeiras palavras vieram a boca,
Também descobri a palavra amor, mas...
Não sabia quão complicado, esse desconhecido,
Apenas que era um mistério a ser decifrado
Um dia, quando tudo parecia caminhar tranqüilo,
Estava eu a beira de uma descoberta...
Não foi lá grandes coisas,
Era apenas um alarme falso da alma,
Tudo bem, falei comigo mesma e o sonho ainda continuou...
Mais um dia vem, me chamar atenção,
Era uma paixão que logo se foi ao cair da noite.
O sonho continuou a seguir o seu caminho...
Pois, bem...
Descobri a desilusão a primeira palavra do vocabulário que não estaria como sinônimo da palavra amor.
Depois descobri a palavra paixão, que se esvai com o tempo e deixa apenas feridas e muitas vezes não deixa nada, e como um nada se esvai.
Imaginei que o amor não se enquadraria nesse desconhecido.
Mas...
O sonho não parou,
Encontrei uma estrela que me dizia, que a formosura de um belo dia está no azul do amanhã que surge...
Não entendi.
Quando, no meio do caminho encontrei várias pedras, pensei em voltar a realidade,
Apenas, me cansei de sonhar,
Foi somente, um não para novamente me sentir um nada.
Também não entendi.
Descobri a palavra covardia, não simpatizei com ela...
Procurei um outro sentido para a vida,
Então, pude sentir o perfume das flores e respirar o ar puro do amanhã, porque...
Descobri a palavra fé, perseverança, Força de vontade.
Mas, antes de mais nada, pedi um abraço aquele que me criou.
Desde então encontrei a palavra amor e todos os seus significados.