Caminhar levando nos lábios um sorriso
Deixar a alma nos sonhos voar
Ouvir sem pressa, calar, aprimorar o espírito.
Agradecer pelo o tudo já conquistado.
Sentir sem recuar os atropelos da vida
Vencer é a meta no tempo missão
Por isso, sempre diga; Sou feliz.
Nas alegrias ou! Grandes solidões.
Pra vencer o jeito é sonhar
Carregando com sabedoria a esperança
Respirar e viver sem medo de lutar
Nadar com fé amor e temperança.
Cair, levantar, faz parte da vida.
Nada lhe acontece por acaso
Ser ou não ser! Eis o sentido.
De viver amar e ser amado.
Pra viver é preciso sonhar
Deixar as janelas do coração abertas
Pronto para crer no amor e felicidade
Crer em si e em tudo que é bom e belo.
Criação dos anjos
João Enderson da Silva
Deus criou as coisas visíveis e invisíveis.
A existência dos anjos é dogma, isto é, verdade de fé da Igreja.
Trata-se de verdade contida na Sagrada Escritura, proclamada nos Concílios Ecumênicos,
afirmada pela unanimidade dos Santos Padres, e ensinada por todos os Teólogos fiéis ao
magistério da Igreja. A definição dogmática, deu-se no IV Concílio de Latrão realizado no ano
1215. Antes desse Concílio, a existência dos Anjos, fora afirmada e formulada no Concílio
Ecumênico de Nicéia I (ano 325), sob o pontificado do Papa São Silvestre, cujo decreto D.54
explica claramente:
"Creio em um só Deus, Pai Todo Poderoso,
Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis".
Estas palavras são quase que a repetição daquilo que São Paulo ensinava em sua primeira
carta
aos Colossenses (Col 1,16s).
Todas as referências aos Anjos são feitas considerando-os como seres reais e não como
símbolos, abstrações, puras mensagens de Deus, ou personificações literárias dos atributos
divinos. A existência dos Anjos como também dos demônios é uma verdade que faz parte da
doutrina católica. Temos que partir da convicção, por fé, de que os Anjos de fato existem.
A Bíblia não nos indica o momento de sua criação nem as circunstâncias em que foram criados,
no entanto fala inúmeras vezes de suas intervenções diretas na história da salvação e nos
destinos da humanidade.
Os anjos foram criados do nada por Deus, "em Cristo", e a serviço de Deus e da Igreja;
prestando este serviço em louvor e adoração constantes a Deus e auxiliando o homem de
diversas formas.
Quando por um ato de sua livre vontade o Senhor Deus resolveu iniciar a sua criação, Ele o fez
de duas formas, ou seja, dividiu sua criação em duas: a criação visível e a criação invisível.
A criação visível de Deus é composta de tudo quanto os nossos olhos podem alcançar, ou
melhor, tudo que os nossos sentidos percebem. Já a criação invisível é retrato do próprio
Deus, que se faz visível por suas obras, mas é de natureza invisível.
A criação invisível de Deus é que, na realidade, une e coordena toda a natureza. Esta criação
é super povoada por seres espirituais que têm por nome: Anjos. A palavra anjo tem um
significado de mensageiro, enviado, emissário de Deus. Eles existem por um ato da vontade
de Deus que os tirou do nada e os trouxe a existência.
Os Anjos de Deus são seres brilhantes e resplandecentes, dos quais emana luz, e são um
espelho da glória de Deus. São seres poderosos diante do trono, sua luz intensa irradia
energia, porque Deus, a fonte da luz, tem pleno domínio sobre Eles.
A Tradição Católica acredita que o número de anjos criados por Deus é muito superior ao
número de homens criados, visto que cada homem, desde Adão até o último que aparecer na
Terra, tem um Anjo de Guarda diferente. A Escritura fala de milhares de milhões (Dn 7,10), de
miríades (Hb 12,22).
Renovação
José de Oliveira Santos
Lanço palavras
como sementes
são lançadas ao chão
lanço-me nas palavras
eu mesmo me torno
semente lançada
que depois de semeada
precisa morrer
para ressurgir
como vida renovada
vida renovada
nas sementes
de minhas sementes
nos filhos de minhas palavras
nas palavras de meus filhos
nos filhos das palavras de meus filhos
vida renovada
em contínua sucessão de
semear
morrer
ressurgir.
O poema perfeito
Não é feito
De rimas perfeitas
Mas de sentidos
Múltiplos.
O poema perfeito
Fala da rosa
Mas vai além
Das Rosas.
Nele o poeta
Fala com as estrelas
Pensando nos olhos
Da sua amada
E nas estrelas
Das calçadas.
O poema perfeito
Tem múltiplas leituras
Tal como a Vida.
Nele cabe a alma
E suas contradições.
É a alma que respira
No poema que dança
Em frente aos teus olhos
E que canta aos teus ouvidos,
Ou geme , ou ri ...
Poeta perfeito?
Não. Pobre de mim!
Mas ...
Pensando bem:
Minha vida está cheia
De versos truncados
E rimas mal-feitas,
Versos pobres
E imperfeitos,
Mas tem sentidos
Múltiplos,
Como um poema perfeito.
Eu sou uma explosão
No caos
Que se organiza
Em diferentes mundos
Dentro de mim:
A explosão de um
Poema perfeito.
Minha vida também
Permite múltiplas leituras
Nas contradições aparentes
De uma alma em busca
De unidade.
Poeta perfeito?
Não. Pobre de mim!
Pensando bem:
Jamais serei um poeta perfeito,
Mas...
Sou um poema perfeito
Nas mãos do Poeta Maior.
Ai de mim nesta prisão sem grades!
Onde vozes me perseguem dia e noite,
Fantasmas do passado tentando enredar-me,
Abocanhar minha vida e tomar posse
De minha alma fragilizada
Pelo confinamento
A que fui submetido.
Moralmente cerceado!
Com amarras intelectuais!
Gritando no deserto,
Como louco varrido
Das sociedades
Bem estabelecidas.
Grito sons ininteligíveis
Pois minha língua está colada.
Gesticulo
Mas ninguém me entende.
Pergunto em vão:
Ninguém me responde.
E assim prossigo,
Tateando sem ter em que me agarrar.
Alguns, de boa vontade,
Se oferecem para ser meus olhos.
Pena que sejam mais cegos que eu!
Quem me libertará desta prisão?
E me conduzirá às terras onde correm leite e mel?
Silêncio!!!
Escuto uma voz,
Deus me chamando para seu abrigo.
Descansa, minha alma, em Deus,
Pois só ele te traz a Liberdade
E a Paz que tanto procuras.
Vinde, ó Deus, em meu auxílio!
Vem Espírito Santo
Os homens e mulheres religiosos costumam fazer planos para sua vida religiosa. E então, após gastarem muitas energias na planificação, rezam:
Vem, Espírito Santo, nos auxiliar para que estes planos se cumpram.
Primeiro é feita uma planificação humana, e depois se pede o auxílio divino como se estivéssemos querendo que Deus aja de nosso modo.
É como se invertêssemos a oração do Pai-Nosso: que a nossa vontade seja feita por Deus. Quando deveríamos dizer: que a vossa vontade, ó Deus, seja feita por nós.
Tendo em vista este pensamento eu digo:
Vem, Espírito Santo,
não para cumprir algum plano meu pré-estabelecido,
não para confirmar os meus pensamentos ou sentimentos
puramente humanos.
Vem, Espírito Santo,
para renovar-me inteiramente
de acordo com a Tua Santa Vontade.
Guia, ó Deus, meus passos
nos caminhos que forem de teu agrado,
mesmo que eles sejam inteiramente novos para mim.
Faça de mim o que quiseres, ó Deus,
pois eu sou o barro em tuas mãos de oleiro.
Molda-me, ó Deus, conforme Teu Querer.
Que teu plano seja o meu,
e se queres que eu planeje algo,
que tua assistência esteja em cada passo
do planejamento e da ação.
Vem, Espírito Santo,
cumprir teus planos em minha vida.
AMÉM.
Olhos azuis
Marcos Leandro
Um anjo de olhos azuis
Num sonho veio me contar
Que existe no mundo um alguém
Pra que meu amor eu vou dar
Este alguém vive a me esperar
Disse-me o anjo num triste olhar
Mas deu certeza que vou encontra-lo
Seja na terra, no céu ou no mar
Logo que eu acordei
Do meu sonho eu lembrei
E passei a procurar
Esse alguém pra me amar
Quanto mais o tempo passa
Sinto que vou encontrar
Na esperança que o amor
Em minha vida irá brilhar
Certo dia aqui na terra
Eu andava a beira mar
Quando mais que de repente
Eu cruzei um certo olhar
Eram olhos bem azuis
Que não dá pra acreditar
Era o olhar daquele anjo
Que está no céu a me esperar
Certo dia aqui na terra
Eu cruzei um certo olhar
Eram olhos bem azuis
De um anjo a me chamar
Um anjo de olhos azuis
Anseios da alma
Ana Maria de Oliveira(A.M.O.)
A igrejinha de São Francisco
Me cala fundo na alma
O desejo de ser o bem
Como o santo que era calma.
A igreja da Conceição
Ao seu lado assim ostenta
A figura de Maria
E meu desejo só aumenta.
Quisera poder um dia
Deixar de exemplo a ternura
Para que os homens pudessem
Experimentar, de Deus, a brandura.
Faz-me, Senhor, pura e santa
Mesmo em meio a limites
A ti tudo é possível
A ser santa me permites!!!
Cada vez menos vou conseguindo ser dono da minha áurea.
Espinhos cravam-se em mim no meu mais intimo ser, que um dia despertará da vida pela sede de uma nova essência sob forma de um consolo que em mim mais há-de arder. Essa fragrância violeta e timbre cortante de mim elevar-se-á e em mim cairá, cruzando farpas entre fontes primárias renegando-se a todos os fulcros intrínsecos que ainda restar-me-ão.
Serei o pulmão de novos ventos, a clareira da vida, a força e os últimos tormentos. Serei a história da minha ficção, perpétuada na complementaridade da história de até então. O mundo como ente será mais uma cláusula da minha existência, dissipada pelo travo acre dessa nova essência.
Se sou quem sou, jamais serei quem fui. Mas se não sou quem serei é porque ainda nada sou.
Não tenho.
Tenho medo, sim,
Dos homens
Que pensam
Ser
Donos
De Deus.
Da força do pensamento
A nuvem que é passageira do vento
vai reinventando formas pela céu,
ora é montanha, sorvete, carneirinho,
ora é algodão que se desmancha ao léu.
O homem que é viajante no universo
pouco explora o poder de recriar
e através do vigor do pensamento
poderia fazê-lo sem cessar.
À imagem de Deus nasceu o homem
predisposto ao bem e à evolução,
reformando-se pelo uso da vontade.
E se a nuvem se modela ao vento
o homem adquire na virtude
a forma que terá na eternidade.