Apenas adeus...
Apenas adeus...
Juliana Silva
Eu poderia dizer apenas adeus e morrer logo, mas é fácil demais para alguém como eu que ainda pouco viveu, para eu que mesmo insegura esteve firme, mas ainda com medo de seguir em frente, ou de parar aponto de chegar a desistir como também não foram poucas ás vezes.
Eu não posso culpar ninguém e porquê culparia, se eu sou o erro, a obra mal acabada, eu sou o que sobrou de ruim dos outros, não sou infeliz pelo o que sou, mas pelo o que me fazem sentir ser: esse nada que de tão nada já nem existo.
Mas como existir? Se a dor é o que vive em mim. Reside todo o sofrimento. Eu poderia ficar calada e sentir a minha dor, mas ela mesma não permite que me cale, porque ela é a própria voz da verdade.
Eu gostaria de continuar mesmo com toda a dor, contanto que fosse mais amena. Eu gostaria de não ter que pagar por meus sorrisos, ou pagar com o que eu não posso dar sem me fazer se sentir mal.
Eu gostaria de que de certa forma eu pudesse viver, mas viver bem.
Eu poderia dizer apenas adeus...
Eu poderia dizer...
Eu poderia...
Mas não disse, não vou dizer até que o instante exista!
Eu serei apenas eu, mesmo que esse eu seja esse ADEUS.