Não sei o que está acontecendo










Isabel Cristina Silvério Companhoni
Estou com medo ao mesmo que feliz
por ter te conhecido.
Pela primeira vez
estou completamente perdida.
Percebo que não consigo
controlar este sentimento.
Estar perto de você,
sentir seu cheiro,
sentir o toque dos seus cabelos,
são sensações que não trocaria por nada.
É como pular em um abismo
e perceber que não vou cair.
Porque algo me prende,
algo me sustenta.
Este sentimento me dá asas.
com as quais posso fugir
e refugiar-me em um ambiente
de paz e tranqüilidade.
Aos poucos estou descobrindo-me
entregue a este sentimento.
Não há como fugir de algo
que me proporciona tamanha felicidade.
Cada olhar,
cada palavra,
cada gesto carinhoso entra em meu coração,
como o doce perfume que emana
das flores de um bosque.
Você é quem me sustenta.
Em todos os momento
você é meu paradigma de beleza.
Até o sol se ilumina
mais com sua chegada.
Sinto vontade de dançar,
de pular,
tal qual uma criança
ao receber o brinquedo tão esperado.
E quando chove?
As gotas da chuva
que percorrem meu rosto,
são como as lágrimas que derramo
quando não te encontro ao meu lado.
Me sinto tão pequena e frágil.
Como um bebê
em meio à um covil de lobos.
A insegurança toma conta de todo meu ser.
Não me sinto disposta
a enfrentar o mínimo dos atritos.
Fico incapaz de proferir
uma palavra sequer.
Quando estou ao seu lado
sinto que tudo posso.
Você me dá forças para
prosseguir após o massacre.
Pega minha mão e me leva
para uma viagem da qual
poucas pessoas ficaram sabendo.
Este sentimento me dá asas.
E estas me impedem de cair
em um abismo profundo.
O abismo chamado solidão.